
A Editora da Universidade Estadual da Paraíba (EDUEPB) lançou a coletânea Celso Furtado e o Mito do Desenvolvimento 50 anos depois, uma obra densa e atual que revisita e atualiza a crítica do economista paraibano Celso Furtado à noção de desenvolvimento nos moldes dos países centrais. O livro conta com a organização de quatro destacados pesquisadores: Cidoval Morais de Sousa (UEPB), Fernando Macedo (UNICAMP), Ivo Marcos Theis (FURB) e José Luciano Albino Barbosa (UEPB).
Dentre os nomes envolvidos na produção da coletânea estão dois diretores do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (IDENE): João Carlos Souza Marques e Cidoval Morais de Sousa, este último também diretor da própria EDUEPB. O IDENE é uma das instituições citadas com destaque nos agradecimentos da publicação, pelo apoio oferecido à realização da obra e à mobilização acadêmica que a originou.
Com mais de 40 autores e autoras de diversas universidades do Brasil e da América Latina, o livro celebra os 50 anos do ensaio O Mito do Desenvolvimento Econômico, publicado por Furtado em 1974, mas antecipado em artigo no jornal Opinião em 1972. A coletânea é organizada em quatro partes – Desvelando o Mito, Conexões e Novas Leituras, Limites do Desenvolvimento e Memória –, e reúne reflexões sobre os impactos do modelo de crescimento econômico predatório, as desigualdades estruturais do subdesenvolvimento, os limites ecológicos da modernidade e a importância do Estado no planejamento democrático do desenvolvimento.
No capítulo “Furtado e O Mito do Desenvolvimento Econômico: uma crítica ao desenvolvimento” (Parte III – Limites do Desenvolvimento), João Carlos Souza Marques, junto a Ricardo Zimbrão Affonso de Paula e Dionatan Silva Carvalho, oferece uma leitura atualizada sobre os desafios contemporâneos da agenda de desenvolvimento no Brasil, incorporando as críticas ambientais, sociais e culturais de Furtado.
A coletânea também reforça o papel de Celso Furtado como pensador estruturalista e precursor de uma abordagem crítica e latino-americana para o entendimento da economia, do subdesenvolvimento e das alternativas possíveis frente à crise ambiental e à desigualdade global. A obra, com prefácio da jornalista Rosa Freire d’Aguiar, viúva de Furtado, e apresentação de Carlos Pinkusfeld Bastos, diretor do Centro Internacional Celso Furtado, é descrita como uma leitura indispensável para quem deseja pensar um mundo mais justo, sustentável e solidário.
📘 Acesse aqui a versão digital do livro:
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